No encontro, foram tratados detalhes a respeito da vinda de profissionais da instituição a Taquari para marcar o cinquentenário da “Operação Tatu”, considerada como revolucionária em cenário estadual e fundamental para a agricultura brasileira.

Ocorreu, na última segunda-feira, dia 9 de maio, no Gabinete da Prefeitura Municipal, uma reunião entre o vice-prefeito, André Brito, os vereadores Vânius Nogueira e Ramon de Jesus, e o professor aposentado da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Miguel Dalmo de Menezes Porto, acompanhado de seu filho. No encontro, foram tratados detalhes a respeito da vinda de profissionais da instituição a Taquari para marcar o cinquentenário da “Operação Tatu”, considerada como revolucionária em cenário estadual e fundamental para a agricultura brasileira.

As autoridades devem voltar à cidade nesta segunda-feira, dia 16, com o objetivo de visitar o Grêmio Recreativo Alvi Negro, clube onde há 50 anos foi realizado evento para elaboração de um mapa indicando os locais de plantações e propriedades taquarienses. O intuito da comitiva é confeccionar um novo documento, inserindo as alterações de espaços que se fizeram e a estrutura do município modificada ao longo do tempo.

Segundo a Ufrgs, o Plano Estadual de Melhoramento da Fertilidade do Solo foi um esforço conjunto de várias instituições e agências ligadas ao setor primário do Estado. Tinha como objetivo recuperar, melhorar e incrementar a produtividade da agricultura gaúcha, associando a melhoria das condições e o desenvolvimento socioeconômico dos agricultores envolvidos. Teve início no município de Ibirubá, em 1966, e, ao completar 50 anos do histórico plano, as principais instituições envolvidas no suporte técnico, Ufrgs, e assistencial, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/Ascar), retomam os caminhos e revisitam os locais em que atuaram e os agricultores que influenciaram.

Ao completar 50 anos do Plano Estadual de Melhoramento, a Faculdade de Agronomia da Ufrgs e a Emater juntam esforços novamente para rever, relembrar e constatar os avanços da agricultura gaúcha. Esse reencontro tem a finalidade de sistematizar as informações históricas e as atuais na forma de um documento iconográfico, celebrando o sucesso do empreendimento que mudou os padrões de produtividade da agricultura gaúcha, a qualidade de vida dos agricultores e a melhoria das condições no meio rural.

“Na década de 1960, os solos da região Noroeste do Estado estavam desgastados devido aos sucessivos plantios de soja e ao manejo inadequado da terra. A impossibilidade de produzir forçava as famílias a saírem de suas terras à procura de outras ou em busca de empregos na cidade. Então, uma equipe de professores da Ufrgs, coordenada pelo pesquisador americano da Universidade de Wisconsin, John Murdock, realizou análises de fertilidade dos solos e concluiu que a quantidade de calcário utilizada para adubação era inferior à necessária. O trabalho de análises e correções dos solos foi chamado Operação Tatu, que resultou da união de esforços entre pesquisadores, Associação Rural e Emater/RS-Ascar”, explica a universidade.

A operação foi chamada de Tatu devido aos buracos feitos na terra para a retirada das amostras que seriam analisadas na Ufrgs. Num primeiro momento, foram feitas 2.800 análises.

Participantes

Pela Emater/Ascar, os engenheiros agrônomos Paulo Kappel e Mario Soares, e pela Faculdade de Agronomia da Ufrgs, os professores João Mielniczuk, Egon Klamt, Miguel Porto, Egon Meurer e Flávio Camargo.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Data de publicação: 12/05/2016

Créditos: Juliano Kern

Créditos das Fotos: Juliano Kern

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