A febre Zika é uma enfermidade transmitida através da picada do mosquito Aedes aegypti e chama a atenção das autoridades pela possibilidade de estar ligada aos casos de microcefalia. Em Taquari, a Vigilância Sanitária intensifica as ações preventivas.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, João Gabbardo, a tendência de que a febre do Zika vírus chegue ao Rio Grande do Sul é muito forte. A possibilidade cresceu nos últimos dias em razão do alerta do Ministério da Saúde em relação à doença. Nova no Brasil, a febre Zika é uma enfermidade transmitida através da picada do mosquito Aedes aegypti e tem chamado a atenção das autoridades nacionais pela possibilidade de estar ligada aos casos de microcefalia (malformação congênita que faz com que o cérebro não se desenvolva corretamente) em bebês, especialmente na região nordeste do país. Até o momento, foram registrados 399 casos de recém-nascidos com a microcefalia no Brasil. Em Taquari, a Vigilância Sanitária já intensifica as ações preventivas.

A respeito de casos no Estado, o secretário afirmou que houve duas suspeitas de pessoas que estariam com a febre Zika. Contudo, foram descartados. Ao mesmo tempo, Gabbardo disse que não é possível desconsiderar totalmente a possibilidade de alguma pessoa ter contraído a doença e não ter sido registrado. Para ele, diante desse panorama, a orientação é para que as mulheres que estão pensando em ter filhos agora avaliem se é o melhor momento. “Não é uma orientação para não ter filhos. Mas uma recomendação para se refletir”, explica. O secretário destaca que a estimativa do Ministério é de que hoje haja cerca de duas mil gestantes infectadas pela doença.

Segundo a chefe do Departamento de Vigilância Sanitária de Taquari e coordenadora do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), Maria Izabel Appel, as ações preventivas para combater essas doenças estão sendo realizadas, contando com a colaboração da população taquariense. “O município continuará comprometido fazendo o trabalho de prevenção, com uma equipe de campo para monitorar as residências e os locais com focos de dengue e que apresentem riscos. Isso é o que está ao nosso alcance. Devemos ressaltar também a importância de a comunidade se conscientizar e fazer a sua parte”, disse.

Entenda o caso

A febre do Zika vírus é transmitida da mesma maneira que a dengue e a febre chikungunya, através da picada do mosquito Aedes aegypti. Porém, segundo a coordenadora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Marilina Bercini, a doença só havia sido registrada até o momento em comunidades pequenas. “É a primeira vez que a doença atinge uma amplitude continental”, ressalta. A doença foi descoberta em 1947 em Uganda, na África, em uma floresta chamada Zika, dando o nome ao vírus. Segundo o secretário, ela teria sido trazida por estrangeiros, provavelmente durante a Copa do Mundo de 2014, e infectado algum brasileiro.

Os pacientes que contraem a doença geralmente têm a chamada “evolução benigna”. A estimativa é de que apenas 18% dos infectados apresentem algum tipo de sintoma, como febre baixa, conjuntivite, dores nas articulações, manchas vermelhas e coceira. Em média, os sintomas podem durar até sete dias. Todavia, há alguns registros de complicações neurológicas, como fraqueza muscular generalizada. Por enquanto, o tratamento é feito por medicação para o controle da dor e da febre.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Data de publicação: 13/12/2015

Créditos: Juliano Kern

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