2ª Copa Taquari de Futebol de Base traz mais de 1,2 mil atletas de dois estados para o município

Taquari se prepara para receber, pelo segundo ano consecutivo, a Copa Taquari de Futebol de Base. Marcado para se iniciar na sexta-feira, dia 22 de junho, o torneio terá uma semana de duração e contará com a participação de mais de 1.200 atletas, divididos entre 58 equipes de 29 times do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Entre elas, 50 delegações ficarão alojadas nos educandários taquarienses que estão em meio ao recesso escolar. A competição é organizada pela empresa Planeta Bola em parceria com a Secretaria de Esporte, Lazer, Cultura e Turismo.

Além de estimular a descoberta de novos talentos, o campeonato movimenta inúmeros setores da cidade, principalmente o econômico e o turístico. É o que acredita o diretor da Planeta Bola, Alex Pereira. “Haverá um incremento significativo no comércio local, movimentando também os hotéis, os restaurantes e as lanchonetes durante o período dos jogos, através das delegações esportivas e dos pais que acompanham seus filhos”, conta.

Em 2015, jogadores, dirigentes e demais integrantes de comissões técnicas usaram as estruturas das escolas Timótheo Junqueira dos Santos, La Salle, Barão de Antonina, Barão de Ibicuí e Nardy de Farias Alvim. Neste ano, as comitivas também ocuparão o espaço de Ana Job, Pereira Coruja, Menezes Costa e Pedro Pereira Machado.Os duelos, travados pelas categorias Sub-13, Sub-14, Sub-15 e Sub-17 (Juvenil), serão disputados em três campos do Centro de Treinamentos da Escolinha Pinheiros/Duttra, e nos estádios Pinheirão, Marques da Cunha e Álvaro Quadros.

Os participantes da segunda edição da Copa Taquari de Futebol de Base terão uma motivação extra para entrar em campo e dar seu melhor dentro das quatro linhas. De acordo com Alex, observadores técnicos de clubes profissionais vão acompanhar de perto os jogos. “Os torneios esportivos, especificamente os voltados para o futebol, são uma ferramenta poderosa para a integração de jovens. Também contribuem para fomentar a prática do esporte nas cidades participantes e em Taquari, que recebe a competição. Além de oportunizar aos atletas a possibilidade de serem ‘descobertos’ e terem seu sonho realizado, o de ser um atleta profissional”, enfatiza.

Assim como ocorreu na primeira edição, os atletas ganharão alimentação dos organizadores, incluindo café da manhã, almoço e jantar. “Estamos muito felizes pela realização da segunda edição do torneio, que terá um aumento no número de equipes participantes em relação ao ano anterior e a participação de um clube profissional da Série A do Campeonato Brasileiro, a Associação Chapecoense de Futebol, de Santa Catarina. Espero que, a exemplo do ano passado, tenhamos um torneio de ótimo nível técnico e disciplinar, e que o clima seja favorável, sem chuva”, destacou Alex, por fim.

Pinheiros/Duttra e Taquariense representam o município

Durante o campeonato, a bandeira de Taquari será carregada pela Escolinha Pinheiros/Duttra e pelo Grêmio Esportivo Taquariense. Nos últimos dias, essas agremiações fortaleceram a rotina de treinamentos visando ao início das disputas. O professor André da Silva, ou apenas “Caniggia”, como é conhecido, dá detalhes acerca de como a Pinheiros/Duttra se preparou. “Pelo segundo ano seguido, teremos a oportunidade de desfrutar, durante uma semana, de jogos de categorias de base. Muitas pessoas ligadas ao futebol vêm observar os meninos. Fico feliz que a cidade tenha se ajustado a essa competição. A Pinheiros/Duttra, que hoje conta com 250 atletas, intensificou seu trabalho na última semana, visto que se trata de um campeonato de nível muito alto. As equipes estão com uma base forte e jogam com bastante qualidade. Nossos treinos são intensos e competitivos, com o objetivo de aprimorar as partes técnica, tática e física”, explica o educador.

Para Caniggia, participar de uma competição como a Copa Taquari proporciona crescimento aos alunos. “O menino que espera ser um jogador profissional consegue uma grande experiência. Além de jogar com outros times, acumula bons contatos tanto na linha de amizade quanto na de pessoas que gostam do futebol. Isso faz com que cresçam e tenham capacidade de tomar decisões, já que jogam com estádio cheio e arbitragem diferente. Ao final do torneio, o aluno eleva seu nível técnico e participativo”, acredita.

O volante Lucas Oliveira Mews, de 15 anos, atleta da categoria 2001, está há quatro anos na Pinheiros/Duttra. Fã do craque português Cristiano Ronaldo e incentivado pelos pais desde pequeno, ele se diz empolgado com o torneio em Taquari. “É uma competição de outro nível, diferente daquele que estamos acostumados a jogar. Vai ser uma experiência muito boa para mim”, afirma o jovem.

Apesar de também estar entre os chamados “cães de guarda da defesa” ao lado de Lucas, Rogério Ribeiro dos Santos, de 14 anos e da categoria 2002, tem o argentino Lionel Messi como espelho. Embora opostos na escolha do ídolo, ambos compartilham do mesmo sentimento de expectativa pelo começo dos confrontos da Copa Taquari. “É como o professor Caniggia disse, nós sempre crescemos em competições assim. E ainda há o incentivo de poder mostrar nosso futebol”, comentou Rogério, que sonha em defender as cores do time do coração, o Internacional, e futuramente chegar ao gigante Barcelona, da Espanha.

Já pelo lado do Taquariense, Eduardo de Azevedo Pereira, de 15 anos, atua pela categoria Juvenil como zagueiro ou volante. “Jogo pelo Taquariense há oito anos, e sempre tive incentivo dos meus pais para correr atrás dos meus objetivos. Eles estão sempre ao meu lado”, revela.

Admirador de Guiñazu, volante com passagem pelo Internacional, Eduardo espera obter um bom desempenho no torneio. “A esperança é fazer uma campanha que nos garanta a classificação na fase de grupos. A equipe está unida e motivada para isso”, completa o garoto, que já tem experiência em campeonatos regionais jogando pelo próprio Taquariense.

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