O Caps presta seus serviços de diversas formas, seja através dos grupos intensivos, ou das atividades semanais voltadas para diversos tipos de pessoas. Além disso, acompanha, em média, a situação de 1400 pacientes, com algum quadro psiquiátrico, por mês.

O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Florescer é uma unidade cujo propósito é oferecer atendimento direcionado a pessoas com algum tipo de transtorno psiquiátrico ou psicológico, e também as que estão em situação de tratamento para dependência química, em especial drogas e alcoolismo. O Caps presta seus serviços de diversas formas, seja através dos grupos intensivos, que ocorrem diariamente, ou através das atividades semanais voltadas para diversos tipos de pessoas. Além disso, acompanha, em média, a situação de 1400 pacientes com algum quadro psiquiátrico por mês.

Com uma equipe formada por profissionais de diferentes áreas, como psiquiatras, psicólogas, enfermeiras e assistentes sociais, cujo trabalho é exemplificado, principalmente, através dos atendimentos aos grupos intensivos. Cerca de 25 pacientes são acompanhados quase diariamente (a frequência de atendimentos é determinada na formulação do plano terapêutico), com atividades durante a manhã e a tarde. Estes pacientes são buscados em casa pelo transporte do Caps, fazem um café da manhã, seguida por alguma atividade, almoço, outro exercício e por fim um lanche da tarde. Ao final do dia os pacientes são levados de volta para casa.

Estes pacientes, participantes dos grupos intensivos, necessitam, antes de mais nada, desejar o tratamento, já que o acompanhamento do Caps é ambulatorial. O passo seguinte é passar por uma avaliação médica, que irá identificar as necessidades psiquiátricas dos mesmos e assim definir seu plano terapêutico e respectivo encaminhamento. Eles podem participar de atividades voltadas para a autoestima, acompanhamento com assistente social, psicóloga ou terapeuta, oficinas de música, artesanato e trabalhos manuais, além de grupos específicos para os homens. Nesta quarta-feira, dia 21, a equipe do Centro iniciou uma nova oficina junto ao grupo intensivo, uma atividade voltada para estética e autoestima dos pacientes, com cuidados com as unhas, cabelo, entre outras práticas. A oficina é ministrada  de forma voluntária pela esteticista Renata Castro, que foi recebida e apresentada ao grupo de intensivo.

Segundo a coordenadora e enfermeira do Caps, Alexandra Castro, o trabalho do Centro é também uma forma de prevenção aos tratamentos mais severos. “O Caps trabalha com diversos tipos de pacientes, especialmente com transtornos psiquiátricos graves. Neste caso, acompanhamos estes pacientes e temos o objetivo de melhorar seus quadros psiquiátricos ao mesmo tempo que evitamos internações, especialmente as compulsórias”, salientou. “Buscamos criar um vínculo entre o paciente, a família e os profissionais que os acompanham diariamente”, finalizou Alexandra.

Nem sempre é possível evitar as internações compulsórias, que são os casos em que o paciente está em situação grave e não deseja realizar nenhum tipo de tratamento. Nestas circunstâncias, a família necessita entrar com um pedido no Fórum da Comarca de Taquari para avaliação compulsória. Com o mandato expedido, a equipe do Caps juntamente com a Brigada Militar, caso necessário, realiza uma busca ativa pelo paciente para trazê- lo até o Centro para a realização da avaliação psiquiátrica. Assim é definida a necessidade de tratamento ambulatorial ou de uma internação compulsória. Se indicadas, as internações são agendadas em hospital preparado para atender qualquer tipo de tratamento e emergência psiquiátrica. A internação tem duração de até 21 dias, de acordo com Lei Antimanicomial, pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A equipe do Caps, por fim, esclarece sobre o tipo de serviço que o Centro realiza, algo que muitas pessoas ainda têm dúvidas. O Caps não realiza serviço de albergue ou internação em suas dependências. Os pacientes que são atendidos no grupo intensivos diários são pessoas que estão em tratamento regular, isto é, que necessitam de acompanhamento devido algum transtorno crônico e grave. Emergências psiquiátricas, como surtos ou tentativa de suicídio são atendidas diretamente pelo hospital e o SAMU pode ser acionado para o socorro nesses casos. O Caps não tem estrutura para atendimento de emergência, por isso uma instituição hospitalar é o local mais seguro nessas situações.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Data de publicação: 22/03/2018

Créditos: Murilo Dannenberg

Créditos das Fotos: Murilo Dannenberg

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