Administração busca recursos para recuperar a área do antigo Seminário Seráfico e espaço pode abrigar Brigada Militar e uma escola de bombeiros.

Sujeira, lixo, fezes, papéis, alguns livros, objetos de escritório e móveis velhos. O mato e um cachorro que vaga pela área completam a paisagem de abandono que tomou conta do antigo prédio do Seminário Seráfico São Francisco de Assis. Na última quarta-feira, dia 11 de novembro, a administração municipal realizou a primeira vistoria no local após a entrega das chaves pelos representantes do Instituto de Pesquisa em Educação e Desenvolvimento no Cooperativismo (Idesc), entidade que administrava o local desde o ano de 2000 e precisou devolver a estrutura após ordem judicial.

Participaram da vistoria o prefeito Emanuel Hassen de Jesus, o Maneco, o secretário de Esporte, Lazer, Cultura e Turismo, Leandro Mariante, o secretário de Planejamento e da Indústria e Comércio, Idemar Martini, e o vereador Luis Porto.

Cinco anos sem uso

O Idesc assumiu a estrutura do antigo Seminário Seráfico no dia 22 de setembro de 2000 através de uma doação da Prefeitura. A intenção era colocar em prática um projeto para transformar o local em um polo de educação no Vale do Taquari. No período, a Univates chegou a instalar um campus no prédio e algumas áreas começaram a ser reformadas, mas a faculdade foi embora e o projeto acabou abandonado. Depois de cinco anos sem uso, o prédio foi devolvido para Prefeitura através de uma decisão judicial que deu ganho de causa ao município no dia 6 de outubro deste ano. O Instituto ainda tenta reverter a causa e retomar o prédio através de um recurso no Tribunal da Justiça. Enquanto isso, o município busca alternativas para o uso da área.

Já de posse das chaves, a administração municipal lamentou a situação em que o prédio foi recebido, mas já trabalha na busca de recursos para recuperar o espaço e utilizá-lo em benefício da comunidade taquariense. De acordo com o prefeito, o prédio tem mais ou menos cinco mil metros quadrados de área construída, mas mais de quatro mil estão inutilizados. “Na quarta-feira fomos lá fazer uma averiguação da situação em que recebemos o prédio. Constatamos que a estrutura está muito deteriorada pela má gestão e pela falta de cuidados”, afirma o prefeito.

Espaço vai abrigar creche e pode ser o destino da BM e escola de bombeiros

Entre as alternativas de uso para o espaço já está em estudo a implantação de uma escola de bombeiros no local e uma creche será instalada em uma parte do prédio que já está em boas condições. A Prefeitura também ofereceu a área para abrigar a sede da Brigada Militar (BM), que atualmente funciona em um edifício cedido pela Cooperativa Regional de Energia Taquari Jacuí (Certaja). A cooperativa solicitou a entrega do prédio, e sem alternativas do Governo do Estado, a Prefeitura busca uma solução através do próprio município. “Agora vamos fazer uma limpeza geral e estamos oferecendo um espaço que está em boas condições para a BM. Também temos outro espaço no local que vai abrigar uma creche, podendo atender cerca de 100 crianças. Isso deve ocupar no máximo 15% do prédio, o resto vai ficar ocioso até porque precisa de reformas. A partir de agora nós vamos começar a trabalhar em um projeto para utilizarmos toda a estrutura do prédio e buscar recursos para viabilizar a finalização da reforma”, explica Maneco.

Para o capitão da BM, Rogério Armando Bueno Hoffmann Filho, a alternativa não é a ideal, pois deixa o comando longe do centro do município, aumentando o tempo de resposta da BM, mas ele ressaltou os esforços da Prefeitura em garantir um novo local para que o efetivo continue em condições de trabalho. “Onde quer que a BM esteja ela vai cumprir o papel dela. Claro que a localização do comando faz a diferença, mas nós vamos continuar trabalhando para atender a comunidade da melhor forma possível”, aponta.

Outra possibilidade seria destinar o espaço para abrigar uma escola de bombeiros, através de uma parceria com o Governo do Estado. A proposta já tramita junto à Secretaria de Segurança Pública do Estado desde o ano passado. Com a mudança de governo, porém, o município ficou sem resposta. “Na época, demonstraram interesse. Agora que as mudanças se estabilizaram, podemos voltar a negociar. A Prefeitura não teria condições de recuperar sozinha o prédio, mas o Estado poderia”, justifica.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Data de publicação: 12/11/2015

Créditos: Aline Ben

Créditos das Fotos: Aline Ben

Compartilhe!